Aberta no 3º andar do Palácio do Catete desde maio, a exposição “A política dos memes e os memes da política”, realizada pelo Museu da República e pelo #MUSEUdeMEMES, será prorrogada até o dia 22/9. Resultado do que os organizadores chamam de “garimpo e arqueologia memeal”, o acervo dessa exposição, em constante atualização, é conduzido e curado coletivamente pelo Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia Colaborativa (coLAB) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), com patrocínio da Capes e do CNPq.
A exposição procura levantar reflexões o papel dos memes na sociedade contemporânea, e tem duas direções gerais: o primeiro é preservar a memória concernente à cultura digital, sempre sugerindo que observemos com maior cuidado o lugar que os memes ocupam em nosso cotidiano. O segundo movimento desloca o sentido da instituição museal, normalmente vista como mantenedora de uma arte erudita, da história das elites ou, simples e rasamente, de coisa velha. Aqui, o museu não guarda, ele difunde. Partindo dessa dupla provocação, uma exposição como esta pode ser ela mesma entendida como um meme, já que seu objetivo é ser passada adiante.
Os estudos sobre memes de internet vem ganhando relevância nos últimos quinze anos, a partir de perspectivas e contribuições de diferentes áreas. O #MUSEUdeMEMES é um projeto de pesquisa e extensão liderado por pesquisadores da UFF. Para saber mais, acesse http://museudememes.com.br.