O Museu da República marca presença no Museum Next Digital Summit 2021, que acontece de 22 a 26 de fevereiro. Ao lado de mais de 60 palestrantes que participam do evento, Christine Azzi, técnica educadora do Museu da República, apresenta no segundo dia do evento o projeto “Palavra Bordada”, realizado em 2020.
A conferência terá duração de cinco dias com mais de 40 sessões. O Museum Next tem vagas limitadas. Maiores informações sobre o acesso ao evento, que é pago, estão disponíveis no site do Museum Next.
O Projeto Palavra Bordada
O Projeto Palavra Bordada é uma ação educativa que teve como objetivo conceber um grupo cujos participantes, individualmente e em seus respectivos lares, elaborassem um bordado a partir da palavra ou expressão que mais o representava neste momento de pandemia e isolamento social. Por acaso ou não, todas as pessoas cadastradas eram mulheres, e foi formado um grupo de 25 mulheres. Para isso, era preciso se bordar, por meio de reflexões e exercícios semióticos. Como uma teia formada por muitos Aracnes, de diferentes idades e cidades no Brasil, cada um foi um ponto decisivo na rede polissêmica que unia as mulheres em torno do fazer, criar, cuidar de si e do outro. Como na roda do destino, todos eles foram os fiandeiros de suas vidas.
Sobre Christine Azzi
Christine Azzi é atualmente educadora de museus do Museu da República do Rio de Janeiro, Brasil, artista visual, escritora, arte-educadora e bordadeira. Atua na área de educação museológica há 14 anos, tendo sido coordenadora do Setor Educacional do Museu da Inconfidência, Ouro Preto, durante seis anos.
Lá, ela desenvolveu projetos voltados especialmente para grupos sociais vulneráveis, utilizando a arte, o bordado e o cinema como ferramentas educacionais. Mestre e doutora em literatura francesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, publicou os livros “Vitrines e coleções: quando a moda encontra o museu” (2015) e “Os vestidos de Frida” (2013).
Seu principal interesse é fazer do museu um espaço de conexões culturais e afetivas, tornando a arte acessível aos mais diversos grupos sociais, principalmente mulheres e idosos. Ela entende que um museu só faz sentido se fizer parte do cotidiano e do bem-estar social da comunidade ao seu redor.