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Museu da República

Museu na República disponibiliza coleções fotográficas na Brasiliana Fotográfica

publicado: 04/01/2019 15h55, última modificação: 04/01/2019 15h55

A equipe da Brasiliana Fotográfica, a plataforma de divulgação de fotografias históricas fundada pela Biblioteca Nacional e pelo Instituto Moreira Salles, divulgou Balanço de 2018 relatando o percurso do trabalho de disponibilização de acervo online desde 2015, bem como desafios para 2019. Hoje, o Museu da República possui 241 imagens de seu acervo de fotografias históricas documentais, dentre elas itens raros, disponibilizadas na Brasiliana Fotográfica, de um total de 4.893 imagens que a plataforma torna acessível.

O Museu da República, como uma das instituições participantes da Brasiliana Fotográfica, contribui para o objetivo da plataforma de difundir e dar acesso ao patrimônio fotográfico arquivístico, bem como de fomentar questões relacionadas à preservação do legado de imagens digitais. O Museu passou a integrar a iniciativa em setembro de 2017. A primeira contribuição com um acervo da instituição ocorre com a inserção da Coleção Canudos (laureada com o prêmio Memória do Mundo da Unesco), em 2015, a partir de processo de um processo de recuperação de originais promovido pelo Instituto Moreira Salles.

Em 2017, soma-se a essa contribuição parte da Coleção Família Passos, referente à reforma urbana de ocorrida entre 1903 e 1906. Em 2018, o Museu da República aporta novos acervos à Brasiliana Fotográfica, sendo eles outra parte da Coleção Pereira Passos, referente aos registros fotográficos da Exposição Nacional em comemoração ao Centenário da Abertura dos Portos, em 1908; à Batalha das Flores, uma tradição carnavalesca de Nice trazida a Petrópolis; e à Praça XV do Rio de Janeiro do início do século XX. Uma série de registros fotográficos raros da participação brasileira na I Guerra Mundial foi a última inserção de acervo por parte do Museu da República na plataforma, no fim de 2018.

Ao consultar o acervo digitalizado disponível na Brasiliana Fotográfica, o usuário pode realizar operações como salvar o resultado de sua pesquisa no próprio portal, retomando-a em outro momento. Pode, ainda, compartilhá-lo nas redes sociais. Para consultar a plataforma, basta acessar o link http://brasilianafotografica.bn.br/.

Mais sobre a Brasiliana Fotográfica

Esta iniciativa começa com a união de esforços da Fundação Biblioteca Nacional e do Instituto Moreira Salles. Hoje, integram a Brasiliana Fotográfica os acervos das seguintes instituições, além do Museu da República: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, Fundação Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz), Diretoria do patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, Fundação Biblioteca Nacional, Instituto Moreira Salles, Leibniz – Institut fuer Laenderkunde, e Museu Histórico Nacional.

A iniciativa é aberta ao aporte de outras instituições do Brasil e do exterior, públicas e privadas, detentoras de acervos originais de documentos fotográficos referentes ao Brasil.

Quais acervos do Museu da República estão na Brasiliana Fotográfica?

“Guerra de Canudos pelo fotógrafo Flavio de Barros” – Registrada pela Unesco, em 2009, na categoria Memória do Mundo. Todas as imagens sobre a Guerra de Canudos disponibilizadas na Brasiliana Fotográfica são fruto de um projeto realizado pelo Instituto Moreira Salles, em 2002, de recuperação digital dos originais existentes nos acervos do Museu da República, no Rio de Janeiro, do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, em Salvador, e da Casa de Cultura Euclides da Cunha, em São José do Rio Pardo. São registros do fotógrafo Flavio de Barros contratado pelo exército brasileiro para registrar a Guerra de Canudos.

“A Reforma Urbana do Rio de Janeiro na Coleção Família Passos” – A maior parte das fotos são de autoria do alagoano Augusto Malta, contratado pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, para documentar a reforma urbana. A reforma foi conduzida pelo engenheiro e então prefeito da cidade, Francisco Pereira Passos, e tinha o objetivo de dar ao Distrito Federal da nova República um ar moderno e cosmopolita com inspiração nas cidades europeias.

Augusto Malta. Largo da Carioca, 1903. Rio de Janerio, RJ / Acervo Museu da República
Augusto Malta. Largo da Carioca, 1903. Rio de Janerio, RJ / Acervo Museu da República

“A Batalha das Flores, de Augusto Malta”As imagens destacadas são da primeira década do século XX: de 1902; do dia 15 de agosto de 1903, quando aconteceu a primeira Batalha de Flores promovida pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira Passos. A Batalha de Flores é uma tradição do carnaval de Nice, na França, desde 1876. A festa chegou ao Brasil, em Petrópolis, em 1888.

“A Praça XV na Coleção Família Passos” – Série de imagens pertencentes à Coleção Família Passos retratando a Praça XV de Novembro no Rio de Janeiro. São registros de autoria do alagoano Augusto Malta (1864 – 1957), fotógrafo da Prefeitura do Rio de Janeiro entre 1903 e 1936. As imagens foram reproduzidas em cartões postais que, no início do século XX, eram um meio popular de circulação e difusão em massa da fotografia.

“A Exposição Nacional de 1908 na Coleção Família Passos” – Série de fotos de Augusto Malta, à época da Exposição Nacional, inaugurada em 11 de agosto de 1908, na região da Urca, no Rio de Janeiro, em comemoração ao centenário da Abertura dos Portos às Nações Amigas, decretada em 28 de janeiro de 1808, pelo então príncipe regente de Portugal, dom João de Bragança, futuro dom João VI.

Augusto Malta. Exposição Nacional de 1908. Multidão em visita, à esquerda, ao Pavilhão de Minas Gerais e, à direita, ao Pavilhão de São Paulo, 1908. Rio de Janeiro, RJ / Acervo Museu da República
Augusto Malta. Exposição Nacional de 1908. Multidão em visita, à esquerda, ao Pavilhão de Minas Gerais e, à direita, ao Pavilhão de São Paulo, 1908. Rio de Janeiro, RJ / Acervo Museu da República

Registros raros da participação militar do Brasil na I Guerra Mundial” – Na Coleção Cristóvão Barcellos, do Arquivo Histórico e Institucional do Museu da República, é possível encontrar alguns raros registros fotográficos da participação militar brasileira na I Guerra Mundial.  Cristóvão de Castro Barcellos (1883-1946) foi um militar do exército brasileiro nascido em Campos, norte do estado do Rio de Janeiro. A autoria dessas fotografias é indefinida