O Palácio do Catete foi construído entre 1858 e 1867 para ser a residência de Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo. O rico barão do café aproveitou pouco sua nova residência, pois faleceu dois anos depois da conclusão das obras.
Em 1889, seu filho, o Conde de São Clemente, vendeu o Palácio para a Companhia do Grande Hotel Internacional, que desejava transformá-lo em hotel de luxo. No entanto, o projeto fracassou e Francisco de Paula Mayrink tornou-se proprietário do local, vendendo o prédio ao Governo Federal em 1896. O edifício e o jardim foram reformados para receber, em 24 de fevereiro de 1897, a sede do Poder Executivo Federal, que permaneceu no Catete até a mudança da capital para Brasília, em 1960.
As principais novidades dessa reforma foram as instalações elétricas que representaram uma grande inovação tecnológica. Coube ao engenheiro Adolfo Aschoff a coordenação do trabalho. O sistema de iluminação do Palácio gerou grande repercussão na imprensa: a edição do Jornal do Commercio de 20 de fevereiro de 1897 descreveu as novas instalações elétricas:
“Na iluminação externa do palácio e do parque existem 31 lâmpadas de arco de força iluminante igual a 3.000 velas. A iluminação interna está distribuída do seguinte modo: palácio 516 lâmpadas de oito velas, 563 de 16 velas e 117 de 32 velas.”
Foi montada uma oficina elétrica em um prédio de três compartimentos para abrigá-la, situada na lateral do terreno voltada para a atual Rua Ferreira Viana. Mais tarde, esta construção passou a ser a garagem presidencial. Hoje, ali funciona a Galeria Mestre Vitalino/CNFCP.
Para assegurar o transporte do carvão que alimentaria a usina elétrica do Palácio, foi construído um novo ramal na linha de bondes que atendia ao bairro do Catete.
Posteriormente, foi criada em outro prédio uma nova usina elétrica movida a óleo diesel, alimentada por um Gerador da Société Suisse pour la Construction de Locomotives e Machines – nº 4518 – Winterhour 1916.
Desde 2013, a estrutura física do gerador da antiga usina elétrica foi restaurada e colocada aqui em exposição.