Museu e memória LGBT | Quando a memória encontra o amor | |||
O Museu da República faz no mês de junho um debate sobre a liberdade sexual e o direito à diferença. A nossa Jornada Republicana deste mês terá como tema “Museus e memória LGBT”. Já existem algumas ações sobre a memória LGBT acontecendo pelo País, como o Museu da Diversidade em São Paulo, Pontos de Memória em Alagoas e na Bahia. No Rio de Janeiro o MUF, Museu de Favela, lançou o projeto “Memória LGBT” nas comunidades do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, com seminário para promoção da memória LGBT em Museus e na Museologia. Neste evento, foi lançada a revista da rede LGBT de memória e museologia social, também no MUF. A XXIV Jornada Republicana vai discutir a ausência do tema LGBT nos espaços de memória e nos campos teóricos da Museologia, e a necessidade de ampliação dos direitos humanos e culturais dessa comunidade. Teremos também o Curso de Filosofia e Arte “Abecedário”, o espetáculo teatral de cordel “Entre o Amor e a Espada”, Música no Museu, Feira de Fotos, seresta, lançamento de livros, o projeto CINENCONTRO com a exibição de documentário sobre a Casa da Morte, em Petrópolis, e o nosso Cineclube Cinema e História Sílvio Tendler, que vai apresentar o filme “Uma Noite em 67”, dos diretores Ricardo Calil e Renato Terra, com debate após a exibição. |
Museu é lugar de memória. E é também um lugar de amor. No mês dos namorados, o visitante que passeia pelas belas aleias do jardim do Museu da República tem um encontro marcado com Vênus. Deusa romana do amor e da beleza, Vênus ocupa uma posição de destaque, em cima do chafariz, localizado na área central do jardim. Saindo do jardim, talvez até duvidando da força inspiradora de Vênus, o visitante entra no Palácio. Ao subir a escada que leva ao segundo andar, eis que o visitante volta a se deparar com outra imagem da regente do amor. Dessa vez, a obra é uma cópia da Afrodite de Cápua, que faz parte do acervo do museu arqueológico de Nápoles, na Itália. Vênus ou Afrodite – como era conhecida pelos gregos – ficou famosa na mitologia por provocar a atração entre os seres, sejam eles divinos ou humanos. É por isso que ela também interfere na formação de casais e parcerias. Coincidência ou não, um dos quadros de maior destaque no Museu da República é o retrato do casal formado pelo Barão e Baronesa de Nova Friburgo. Pintado por Emil Bauch, o quadro mostra a relação de cumplicidade dos primeiros proprietários do Palácio. Objeto desencadeador de memórias, o quadro também nos ajuda a lembrar que a união do casal está na origem daquilo que é hoje o Museu da República. Já que estamos lembrando de casais consorciados ou apaixonados, não podemos deixar de falar de um famoso par, que torna a visita ao museu uma experiência ainda mais encantadora. Ao olhar para o teto do Salão Ministerial, o visitante torna-se testemunha da paixão afrodisíaca entre Baco e Ariadne, captada numa pintura em que a cor – ou seria o efeito?- do vinho é absolutamente dominante. Outro casal, que acabou de sair da reserva técnica e ganhar o circuito expositivo do Museu, é aquele formado por Eros e Psiquê. Filho de Afrodite, Eros dá um beijo apaixonado na lânguida Psiquê. O quadro, de autoria de Carlos Chambelland, também faz uma homenagem à cidade do Rio de Janeiro, pois situa o clássico romance do casal na Baía de Guanabara. Marcelo de Souza Pereira
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Agenda de Junho | ||||
Dias 3, 5, 10, 12, 17, 19, 24 e 26 Dia 1 Dia 1 Dias 10, 17 e 24 Dias 13, 14, 20, 21, 27 e 28 Dia 23 Dia 25 |
Dia 28 Dia 30 Exposição “Saio da vida para entrar na memória” – Mostra de objetos, documentos históricos e jornais da época do suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas, ocorrido em agosto de 1954. Exposição “Por um beijo da Guanabara” Exposição “Programa de Sustentabilidade Ambiental do Museu da República” Exposição “Nada Acabará, nada ainda começou”, do artista visual Raul Leal Seresta no Museu – Dias 2 a 7, 9 a 14, 16 a 21, 23 a 28 e dia 30 VISITEM O NOVO SITE DO MUSEU DA REPÚBLICA:
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