Instituto Brasileiro de Museu

Museu da República

Republicando: Boletim Mensal – Novembro/2015

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55 ANOS DO MR O cineasta-curador

O Presidente Juscelino Kubitschek transferiu a capital federal do Rio de Janeiro para Brasília em 1960, mas deixou um belo e importante legado no Palácio do Catete, que durante 63 anos foi o coração do Poder Executivo do Brasil: O Museu da República.

Além de dialogar com a História e a memória da República, o MR sempre esteve ligado à cultura e educação. Por isso, nessa comemoração de 55 anos vamos apresentar várias atividades em todas as áreas que o Museu atua.

Para começar, vamos ter o MIMO FESTIVAL, que desenvolve um trabalho há mais de 11 anos e faz a junção de música, cinema, patrimônio e educação.

Vamos ter aulas-espetáculo para estudantes da rede pública de ensino, workshops com consagrados artistas e estudantes de música, apresentação da Orquestra Popular TUHU, apresentação de David Ganc e Quarteto Guerra-Peixe, com repertório da obra de Tom Jobim e participação do percussionista Mingo Araújo, e também apresentação do Músico de Mali Boubacar Traoré, pela primeira vez no Brasil. E para refrescar a alma, uma chuva de poesia, com poemas que abordam a República Brasileira, os Museus e o Museu da República.

Teremos também a inauguração da exposição “Em Soslaio”, do artista Mário Grisolli sobre a observação das estrelas; atividade educativa “A Pátria”, coordenada pelo setor educativo do Museu da República; lançamento da ferramenta digital “Roteiros Republicanos”; reunião da “RAM – Rede de Acessibilidade em Museus”; e cerimônia de entrega de medalhas e certificados para homenageados do Museu da República.

Além disso, teremos a “XXIX Jornada Republicana” com o tema “Territórios Negros: Sagrado Direito”; e também a exibição do documentário “Os Anos JK – Uma Trajetória Política”, no Cineclube Cinema e História Silvio Tendler; o “II Encontros Livres. Museologia, Memória e Sociedade”; o ciclo de palestras “O Brasil que você não vê na TV”; o XI Encontro no Museu da República do projeto “Memória e Cidadania”; e os lançamentos dos livros “Do Palácio ao Museu: a Trajetória Pedagógica do Museu da República do Governo Bossa Nova à Ditadura Civil-Militar”, de Kátia Frecheiras; “Os Balões”, de Maria Vitória Furtado; e “Água Salobra” com poesias de Mário Chagas.

E, claro, a nossa tradicional “Academia Carioca/Clínica da Família” e a nossa querida “Seresta no Museu”, organizada pelos frequentadores do Jardim Histórico.

Fazer um filme equipara-se a montar uma exposição. O diretor do filme é uma espécie de curador que pesquisa, avalia e seleciona imagens visuais e sonoras, inserindo-as numa narrativa. No caso de um filme documentário, a semelhança entre o cineasta e o curador é ainda maior, uma vez que os dois recortam uma parcela da realidade, convidando o espectador a interagir com esse recorte.

No Brasil, Silvio Tendler é um ótimo exemplo de cineasta-curador. A vertente política de sua filmografia enfoca figuras e momentos tais como, João Goulart, a ditadura e Tancredo Neves. A partir desses temas, Tendler propõe, sob a forma de imagens, exposições de aspectos marcantes da recente história republicana brasileira.

Os anos JK, filme lançado em 1980, expõe os avanços e retrocessos do jogo democrático no Brasil. Ancorado no texto de Cláudio Bojunga, que traça a biografia política de Juscelino Kubitscheck, o primeiro documentário de Tendler faz uma radiografia da situação institucional do Brasil enquanto Estado de direito.

O minucioso trabalho de curadoria cinematográfica, executado por Tendler na criação e produção do filme, chama atenção para os anos JK como elo de ligação entre dois períodos da história brasileira, ambos marcados por diferentes formas de autoritarismo: o projeto modernizador de JK é precedido pela centralização populista de GetúlioVargas e sucedido pelo autoritarismo ditatorial do período militar.

Assim como um visitante de museu sai de uma exposição tocado pelas diversas conexões que estabelece com os objetos expostos, o espectador sai do filme de Tendler instigado pelas imagens. As imagens, que ampliam sobremaneira o texto de Cláudio Bojunga, permitem que se cruzem as memórias dos tempos idos com as do momento atual. Nesse sentido, a imagem de JK que emerge do filme é a de promotor do Estado democrático. Enraizado numa utopia ativa, o engajamento do filme se materializa na luta pela manutenção desse tipo de Estado.

Marcelo de Souza Pereira
Agenda de Novembro

Dias 5, 12 e 26 (quintas-feiras)
II Encontros Livres – Museologia, Memória e Sociedade.
Encerramento das atividades, com avaliação dos encontros realizados no período de 3/9 a 26/11. Coordenação de Mário Chagas e Vladimir Pires (UNIRIO)
Local: Espaço Educação – térreo
Horário: 18h às 21h

Dias 4 e 6; 11 e 13; 18 e 20; 25 e 27
Academia Carioca/ Clínica da Família –
atividades de ginástica laboral, com acompanhamento de profissional especializado do Posto de Saúde do Catete
Local: Jardim Histórico do Museu da República
Horário: 9h às 10h30

Dias 3, 10, 17 e 24
Curso de Filosofia “Marx e Deleuze; capitalismo e subjetividade”,
ministrado pelo Prof. Bruno Cava
Local: Auditório Apolônio de Carvalho – 1º andar
Horário: 18h às 20h

Dia 5
Conversa com Frei Chico –
exibição, em primeira mostra pública, do vídeo “Frei Chico, um pouco”, com duração de 10 minutos. A programação terá uma breve fala, seguida de bate-papo com o frei e lançamento do “Dicionário da Religiosidade Popular”, sua obra, fruto de 40 anos de pesquisas. Finalizando a programação, será exibido o vídeo “Francisco, Frei Chico, Fuxico”, com duração de 56 minutos. Uma realização do Museu da República em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular – Museu Edison Carneiro.
ENTRADA FRANCA.
Local: Espaço Multimídia – 1º andar
Horário: 18h

Dia 7
Conversas na Contramão –
mesa-redonda de debates com a presença de convidados, cujo objetivo é estimular a troca de saberes e desenvolver a cultura participativa e cidadã. Realização: www.juntosnacontramao.com.br em parceria com o Museu da República.
ENTRADA FRANCA.
Local: Auditório Apolônio de Carvalho – 1º andar
Horário: 10h às 12h30

Dia 7
Lançamento do livro “Os Balões”, de Maria Vitória Furtado.
Parceria cultural do Museu da República com o Projeto “Um Brinde à Poesia”.
Local: Varanda do Palácio do Catete
Horário: 18h

Dia 9
Projeto “Música no Museu” –
no programa, clássicos brasileiros, com o coral Strattner.
ENTRADA FRANCA.
Local: Auditório Apolônio de Carvalho – 1º andar
Horário: 12h30 às 14h

Dia 9
Reunião da RAM – Rede de Acessibilidade em Museus –
encontro de profissionais que atuam em museus nas mais diversas áreas para tratar de assuntos relacionados à acessibilidade.
Local: Espaço Multimídia – 1º andar
Horário: 13h às 18h

Dia 9
XI Cinencontro no Museu da República – Projeto “Memória & Cidadania” –
promovido pelo Coletivo Memória, Verdade e Justiça/RJ, em parceria com o Museu da República .Exibição do documentário “O Estopim”, seguido de debate com a presença de representantes do Coletivo MVJ/RJ, da Comissão de Desaparecidos da Democracia e da mãe de um jovem preso, torturado e desaparecido recentemente.
Entrada Franca.
Local: Espaço Multimídia – 1º andar
Horário: 18h30 às 21h

Dia 13
Lançamento do livro “Mulheres no Poder: trajetórias na política a partir da luta das sufragistas do Brasil”,
de Schuma Schumaher e Antonia Ceva. Obra de referência, que apresenta a trajetória de mulheres de nosso país e nossa História.
Local: Varanda do Palácio do Catete
Horário: 18h

Dia 13
Mimo Festival – Mimo para iniciantes:
Aulas-espetáculo para estudantes da rede pública de ensino, apresentando a história da música erudita e popular, numa viagem ao redor do mundo com muita música e brincadeiras.
Local: Auditório Apolônio de Carvalho – 1º andar
Horário: 9h30 às 11h e 13h30 às 15h
Inscrições pelo site: http://www.mimofestival.com

Dia 13
Mimo Festival – Workshops com a presença de consagrados artistas e estudantes de música,
com o objetivo de estimular a criação musical, a disseminação de conhecimentos e aproximação de repertórios.
Local: Espaço Multimídia – 1º andar
Horário: 13h30 às 19h

Dia 14
Mimo Festival – Workshops com a presença de consagrados artistas e estudantes de música,
com o objetivo de estimular a criação musical, a disseminação de conhecimentos e aproximação de repertórios.
Local: Espaço Multimídia – 1º andar
Horário: 9h30 às 17h
Inscrições pelo site: http://www.mimofestival.com

Dia 14
Lançamento do livro de poesias “Água Salobra”,
do poeta e museólogo Mário Chagas. “Água Salobra” é um livro composto de 4 secções: “Pororoca”, “A Vida às Margens do Rio”, “Verão” e Fórmula Um” reúne poemas trabalhados ao longo dos últimos dez anos. Como diz o poeta: “algo nessa água/é sal/algo é obra”.
Local: Coreto do Jardim Histórico
Horário: 16h

Dia 15
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL COMEMORATIVA DO ANIVERSÁRIO DE 55 ANOS DO MUSEU DA REPÚBLICA

(Segue abaixo a programação completa)

Dia 16
Lançamento do livro “Do palácio ao museu: a trajetória pedagógica do Museu da República do governo bossa nova à ditadura civil-militar (1960-1977)”,
de Kátia Frecheiras, pesquisadora do Museu da República.
Local: Espaço Multimídia – 1º andar
Horário: 14h

Dia 22
“Arte na Praça”, com a Cia. Teatral Milongas –
oficina, apresentação do espetáculo infantil “Contos fadados” e apresentação musical.
Local: Parquinho, no jardim do Museu da República
Horário: 11h

Dia 24
XXIX Jornada Republicana –
mesa-redonda com o tema “Territórios Negros: sagrado direito” Uma parceria entre o Museu da República com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e com o Comitê de Patrimônio e Museus da Associação Brasileira de Antropologia. Debate com o Professor Roberto Conduru e mediação de Regina Abreu. Em tempos de intolerância e perseguição religiosa, a importância em se firmar e afirmar os territórios negros das religiões de matriz africana como direito republicano, inerente ao respeito à Cidadania e à Democracia.
ENTRADA FRANCA.
Local: Espaço Multimída
Horário: 18h às 20h

Dia 26
Cineclube Cinema e História Silvio Tendler –
exibição do documentário “Os anos JK – uma trajetória política”, direção de Silvio Tendler. O filme mostra a trajetória política e a eleição de JK para presidente, o nascimento de Brasília, a renúncia do sucessor Jânio Quadros, a crise política, o golpe militar de 1964 e a cassação dos direitos políticos de Juscelino, culminando com seu exílio. Juscelino Kubitschek, o ‘presidente bossa nova’, foi popular entre os artistas e propunha a aceleração no desenvolvimento do país, rumo à modernização industrial e a elevação do Brasil ao nível das potências mundiais. Em seguida, debate com a presença do diretor Silvio Tendler e convidados.
ENTRADA FRANCA.
Local: Cineclube Cinema e História Silvio Tendler (Espaço Multimídia)
Horário: 18h às 20h

Dia 27
Ciclo de palestras “O Brasil que você não vê na TV”.
Realização do Sindicato dos Engenheiros, em parceria com o Museu da República. Palestra do embaixador Celso Amorim sobre o tema do livre comércio, à luz das posições do governo brasileiro nos debates sobre a Área de Livre Comércio das Américas – ALCA, com a apresentação do livro “Teerã, Ramalá e Doha – memórias da política externa ativa e altiva”.
ENTRADA FRANCA.
Local: Auditório Apolônio de Carvalho – 1º andar

Dia 29
Feira de Fotografias –
exposição de fotos com profissionais da Associação de Fotógrafos do Rio de Janeiro
Local: Aleia paralela à Rua Silveira Martins
Horário: 8h às 18h


Exposição “Por um beijo da Guanabara”
Local: Museu da República – térreo
Horário: 8h às 18h

Exposição fotográfica “O Rio que se queria negar: as favelas do Rio de Janeiro no acervo de Anthony Leeds”
Local: Sala de Exposições Temporárias do Museu da República e Aleia principal do Jardim Histórico
Visitação: de 22 de setembro a 17 de janeiro de 2016
Horário: 10h às 17h (de terça a sexta-feira – Sala de Exposições do Museu) 11h às 18h (sábados, domingos e feriados) – aléia principal do Jardim Histórico

Exposição “Fluidostática”, de Ursula Tautz
Curadoria: Isabel Sanson Portella
Local: Galeria do Lago – Museu da República
Visitação: de 24 de outubro até 6 de dezembro
Horário: de terça a sexta-feira, das 10 às 12 horas e das 13 às 17 horas
Sábados, domingos e feriados, das 11 às 18 horas
Entrada Franca

Seresta no Museu – Seresta no Museu – Dias 3 a 8, 10 a 15, 17 a 22, 24 a 29
Local: Museu da República – pátio interno
Terça a sexta-feira – de 17h às 20h
Sábados e domingos – de 15h às 18h


55 ANOS DO MUSEU DA REPÚBLICA
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

Dia 15

10h: Cerimônia de entrega de medalhas e certificados a homenageados pelo Museu da República
Local: Auditório Apolônio de Carvalho

10h30: Lançamento da ferramenta digital “ROTEIROS REPUBLICANOS”
Local: Auditório Apolônio de Carvalho

11h: Apresentação da ORQUESTRA POPULAR TUHU : O grupo conta com um variado repertório de choros e sambas e vem emocionando diferentes plateias. Para o concerto de comemoração do dia da Proclamação da República e aniversário do Museu da República, apresentam músicas de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Caetano Veloso e Dorival Caymmi.
Local: Palco MIMO, no Jardim, próximo ao bistrô

11h: Inauguração da exposição “EM SOSLAIO”, do artista Mario Grisolli, que aborda a questão da observação das estrelas por periscópio que será instalado na parte superior do Coreto, no Jardim do Museu da República. O trabalho busca uma projeção de luz oblíqua, deformando e re-codificando a paisagem que estamos acostumados a ver.
Local: Coreto do Jardim Histórico

11h e 15h: Atividade Educativa “A Pátria”, coordenada pelo Setor Educativo do Museu da República, com brincadeiras e distribuição de jogos e publicações.
Local: Pátio Interno do museu

15h: Apresentação de DAVID GANC E QUARTETO GUERRA-PEIXE: repertório dedicado exclusivamente à obra do maestro Tom Jobim, com a participação do percussionista Mingo Araújo.
Local: Palco MIMO, no Jardim, próximo ao bistrô

16h: “CHUVA DE POESIA”: Produção especial com seleção de poemas que abordam a República Brasileira, os Museus e o Museu da República.
Local: Pátio Interno do museu

17h: Apresentação do artista BOUBACAR TRAORÉ (Mali) – Apresentando-se pela primeira vez no Brasil ao lado de um trio com percussão e harmônica, Traoré está em turnê mundial para apresentar o recém-lançado CD “Mbalinaou”, um marco em sua trajetória artística.
Local: Palco MIMO, no Jardim, próximo ao bistrô

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