Silvio Tendler (1950-2025): um amigo do Museu da República e da democracia

O Museu da República homenageia o professor, historiador e cineasta Silvio Tendler, que nos deixou nesta sexta-feira, 6/9. Conhecido como “o cineasta dos vencidos” ou “o cineasta dos sonhos interrompidos”, produziu mais de 40 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Em 1981, fundou a Caliban Produções Cinematográficas, produtora direcionada para biografias históricas de cunho social.

Desde 2014, Tendler se tornou parceiro frequente do museu no projeto “Cineclube Cinema e História Silvio Tendler”, que veio posteriormente nomear uma sala no edifício anexo do Palácio do Catete. Ao longo das muitas edições do Cineclube, Tendler foi presença constante, participando como debatedor, e tendo alguns de seus documentários exibidos e debatidos, tais como “Dr. Getúlio”, “Jango”, “Tancredo – A Travessia” e “Glauber – O Labirinto do Brasil”.

O Cineclube Cinema e História Silvio Tendler iniciou suas atividades em 1º de abril de 2014, em meio aos debates sobre o cinquentenário do Golpe de 1964. Ao longo de seis anos, o projeto foi coordenado pelas servidoras Elizabeth Abel de Figueiredo e Kátia Frecheiras, com participações de Flávio Leão, Luiz Carlos Dias, Marcus Macri, entre outros. O Cineclube foi um espaço para exibição de filmes, documentários e debates com especialistas dos temas em questão, tratando de fatos, episódios e personagens importantes da história republicana, da cultura, do patrimônio e da memória nacional, alguns desconhecidos do grande público e envoltos em processo de apagamento.

Todos os filmes de Silvio Tendler exibidos no Cineclube estão hoje disponíveis no canal de sua produtora, a Caliban, no YouTube.

(MR/NuCom)