Instituto Brasileiro de Museu

Museu da República

Um museu de histórias: breve apresentação

Apresentamos os dez contos selecionados no nosso concurso literário realizado em 2022.

publicado: 05/04/2023 17h27, última modificação: 23/10/2023 17h56

Um museu de histórias nasceu como concurso de contos, com temática livre e uma só exigência: o nome “Museu da República” deveria aparecer ao menos uma vez em cada conto.

Havia um mundo de ideias fermentando esse projeto. A vontade de abrir novos diálogos entre o museu e as pessoas. O desejo por um novo canal de incentivo e valorização da criação literária, o que nunca é demais em espaços fluentes de memórias. Especialmente, era extraordinária a possibilidade de acessar o imaginário sobre o Museu da República, para entender melhor esse museu.

O que as pessoas pensam sobre o museu é o museu. As suas lembranças, experiências, tudo é parte do que o museu inspira, do que o museu acolhe e dispara de possibilidades em termos da sua relação com o mundo e com as pessoas.

Cada conto, então, além do prazer da leitura, ajuda a entender como o museu é pensado, lembrado, sonhado, inventado ou tudo isso a um só tempo. Todos os contos constroem o museu da república.

O concurso teve a boa sorte de uma banca examinadora que não deixou a menor dúvida. Adriana Armony, Álvaro Marins e Marta Gomes são professoras e professor, pesquisadoras e pesquisador, escritoras e escritor, autoras e autor de livros, integrantes de comissões literárias, enfim, profissionais com muita estrada.

Junto, toda a estética da comunicação do concurso foi assumida por Henrique Carvalho, que deu forma, cor, beleza e harmonia às mensagens, além de garantir sua ampla circulação e acesso. Lívia Murer aparou e bordou com fios de seda todas as pontas do projeto, fazendo acontecer como só ela.

Facilitando ou dificultando o trabalho da banca, o concurso reuniu contistas de diferentes penas, mas que se tocam na sensibilidade. Deixarei que os próprios contos, agora publicados, falem sobre isso.

Encontrar, entre os dez selecionados, um conto do grande poeta Francisco Manhães, o Paco Manhães, foi emocionante. Ele partiu no finzinho de outubro de 2022, sem saber o resultado do concurso. Frequentou o Museu da República como palestrante, professor, poeta, passeador, curioso, dinamizador de ideias… Por isso, mais uma vez, agora aqui, nesse espaço tão dele, de composição, palavras, ritmos, registramos a alegria de tê-lo parceiro e a nossa saudade.

(Maria Helena Versiani, Coordenadora do concurso Um museu de histórias)               

               

A seguir, os contos selecionados:

“Dádiva”, de Carmen Belmont.

“Ela viu Getúlio”, de Cecília Almeida.

“arma-zena-mento”, de Dominique Schoeni.

“HELENA”, de Flavio Roberto Jesus.

“Kaká, Lulu e Zezé: Vidas e mortes”, de Francisco César Manhães Monteiro.

“Crime no Museu”, de Liege Fontenele Cruz.

“Amanhã, novamente”, de Luiz Claudio Machado de Santana.

“Se a memória não me falha”, de Luiz Claudio Machado de Santana.

“Chiquinha”, de Nilce Azevedo.

“O jardineiro mais velho e sábio do Museu encantou-se!”, de Teresa Gil.